quiser ir para o futuro, há um... “Pufe de
São João” Deixe a
sua comadre de lado e pense naquele jovem senhor, magro, de cabelos cortados rente e veja o tempo que está fazendo. Na cozi
nha, os basculantes estão abertos para que o gaz escape... Há sempre um cheirinho de gaz aqui na cozinha; não sei bem por que. Acho que é no bico, na saída da parede; antes dela um pouco, para ser precisa; pois já passei sabão em tudo, cuspi e nada de bolhinhas; nada. Bem, co
mo eu dizia, os vitraux estão abertos por isso e também por que é gostoso apreciar o frio lá fora quando aqui se está em cachemir; mesmo que velhinha, uma e outra micro bolhinha... Ai que saudade de Buenos Aires! Tão lindo aquele cemitério e que coisa, aquela irmã do Debret... é do Debret?! Não, acho que
é um nome Holandês; já que gajo é holandês... Mas enfim; a irmã do cara fica lá numa parede, dominando um vazio à sua frente. Ela olha e nós ficamos sempre sem saber o quê. Talvez indo mais vezes. Só fui duas. Enfim,
está frio e o telefone tocou. Atendi já sabendo quem era e era ele mesmo; O Jeszerônimo. O nome dele é tão raro que não há computador que não o sublinhe em vermelho. Eu estav
a sentindo que o tempo ia virar e pensei em fazer o bolo de que ele mais gosta. Um bolo diferente, que leva aveia, sementes várias, sal, sim, sal, manteiga, leite e creio que não esqueci mais nada... Ah! Sim!
O mais importante, ou os mais -mais ovos, 3 e trigo e farinha de milho; mais ou menos umas 3 canecas deles. Fermento
e forno baixo. Eu falei
que estava esperando ele então e me servi de um copo de Jack Daniel´s. O vento
assobiava no basculante mas parou. Engraçado. Acabou
o Jack´s e me servi de um vinho tinto, um cálice miúdo que parece que nem fez diferença. Depois, comecei a sentir gostos ruins na boca, acho que era a massinha do dentista... Tudo começou a ficar esquisito, o bolo crescia normalmente, e fui trocar a música... Estava tocando ReM, botei Cachorros perigoso... “Safado, carinhoso louco pra fazer amor... Gandaia... Rabo de saia... Olha; vou trocar. Botei “Cachorro grande”... Ah... não sei o que está havendo comigo, um amargo na boca, o piano não está me fazendo a cabeça. Sabe o que eu vou fazer?! Trocar de música de novo! Botei a “ Montanha russa” da Calcanhoto! Que gosto horrível na minha boca! Acho que vou me divertir de outro jeito enquanto o bolo cresce. A outra
diversão não estava à mão imediata, então eu fui fazer xixi e vi que o bolo esta crescendo meio que assimétrico, deve ser por que eu não bati direito... mas antes assim, não gosto de perder a paciência por causa de homem. Faz mal e a vingança costuma ser terrível! Malígrina! Como dizia o Vampiro Brasileiro. Bem; ag
ora achei a outra diversão, quer dizer; para acabar com esse gosto horrível na boca eu peguei uma cerveja. E vamos à outra diversão. Urgentemente!
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