"Babilonia"; 17:30h; 27/08/2021, sexta feira.

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Agora a Babilônia;
15:45h; 27 de agosto de 2021. Rio.

Havia no deserto um papiro.
Nele estava escrito.
Bota música aê, meu!
Mas não pode ser tão boa!

Boa demais, atrapalha
Como rãs ficamos batendo pé.
Grandes olhos e ouvidos pequenos; discretos.
De 4 vamos pulando; dois a 2.

Isso dá um fôlego.
Isso dá descanso.
Um cavalo passou correndo.
E a música virou rã.



Havia um deserto no papiro.
Sem sentido.
O vento soprou.
Papiro é duro.

Na superfície quase mole houve um brilho.
Sumiu, apareceu, balançou e a rã cantou.
Grandes olhos e ouvidos pequenos; discretos.
Rã não olha o céu; olha o olho sob um ângulo.

Será que eu vou morrer?
Nunca mais ver o azul?
Um cavalo passou correndo.
E a música virou rã.

Sim, Babilônia era um rio.
Nele um brilho piscava, subia e descia.
Tantos morreram para você o sol vermelho.
Ilusão pensar que pula.



A Babilônia era um monte de areia.
Grão em grão subindo.
Falaram mal dela.
Dela e da amiga dela.